Logo no início deste ano, o mundo foi surpreendido por uma novidade nada agradável: o anúncio de um novo coronavírus. Chamado oficialmente de 2019-nCoV, o novo coronavírus foi identificado pela primeira vez pelas autoridades de saúde chinesas em 31 de dezembro de 2019, após vários casos relatados de pneumonia na área de Wuhan, na China.
O novo coronavírus tem recebido bastante notoriedade da mídia e de órgãos de saúde mundiais pois faz parte da família de vírus corona; uma família de vírus que causam doenças que variam de um resfriado comum a outras mais graves, como síndrome respiratória aguda grave (SARS) e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV). A preocupação é ainda maior em locais onde há grande concentração de pessoas que constantemente visitam a China, como Vancouver e outras cidades do Canadá.
British Columbia e o coronavírus
Até o último dia 4 de janeiro de 2020, o Canadá confirmou apenas o segundo caso da doença em British Columbia e o quinto no país inteiro. Existem cerca de 20.000 casos confirmados da doença na China e mais de 550 mortes registradas, segundo a Hubei Health Authority. Fora da China, há registro de mais de 200 casos da doença e duas mortes, uma delas nas Filipinas e a outra em Hong Kong. Para números atualizados em tempo real, acesse https://www.worldometers.info/coronvirus.
De acordo com o BCCDC (Centro de Controle de Doenças de British Columbia), o risco de contaminação para moradores de BC e do Canadá ainda é considerado baixo e autoridades provinciais e federais garantiram que estão monitorando a situação de perto.
Sintomas e prevenção: lave as mãos e outras dicas
Os sintomas da doença são muito parecidos com a gripe comum, a influenza B, tendo como principais sintomas: febre, tosse, dor de cabeça, dor de garganta e, em casos mais severos, pneumonia e dificuldade para respirar.
O BCCDC divulgou através de sua conta no Twitter e também do site da organização, mais informações sobre o vírus e a melhores formas de prevenção: “O mais importante que alguém pode fazer para se prevenir do coronavírus é lavar as mãos” segundo a agência canadense. “O vírus é transmitido por partículas de saliva – depois de um espirro ou tosse, por exemplo- que viaja até o pulmão de outra pessoa, onde são encontrados os receptores do vírus. Se uma pessoa tocar algo que contenha essas partículas contaminadas, caso ela lave bem as mãos antes de tocar seu rosto ou boca, ela não corre o risco de contrair o vírus” completa o comunicado.
Outras medidas recomendadas pelo órgão são: cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações, evitar o compartilhamento de copos e talheres e hidratar-se bem. O BCCDC também aconselha evitar viagens desnecessárias à China e qualquer tipo de viagem à província de Hubei.
Usar ou não usar máscaras?
O Centro de Controle de Doenças de British Columbia também referiu-se sobre o uso de máscaras e recomendou que “somente pessoas que estão doentes as usem” e fez um alerta sobre o uso em pessoas saudáveis: “Pessoas que foram diagnosticadas devem utilizar máscara para prevenir a transmissão do vírus, uma vez que o equipamento impede que as partículas de saliva se espalhem.”
Já o uso de máscaras por pessoas que não estão doentes “pode não ser eficaz pois elas podem oferecer uma falsa sensação de segurança e aumenta a probabilidade de que a pessoa toque o próprio rosto com mais frequência para ajustar a máscara” conclui o comunicado.
Médico: “Não há motivo para pânico”
Em conversa com o Jornal Brasil Vancouver, o médico de família da UBC Clinic, Dr. Christopher Hodgson, citou a Secretaria de Saúde de British Columbia para reafirmar que não é momento para pânico e que é preciso colocar a situação em perspectiva: “Essa é uma época do ano quando gripes e resfriados são comuns e que, devido aos rumores infundados, muitas pessoas estão confundindo seus sintomas comuns de gripe com os sintomas da nova gripe, causando medo na população” disse o médico. Ele ainda explicou que a orientação do BCCDC para os médicos é que somente pacientes sintomáticos e que estiveram na região de Wuhan (ou tiveram contato próximo com indivíduos que lá estiveram) é que são classificados como casos suspeitos.
O que fazer em caso de suspeita de contaminação
Em caso de suspeita, a indicação é entrar em contato imediatamente com o HealthLink-BC, pelo telefone 811 e conversar com um agente de saúde. Outra opção é contatar uma clínica médica e falar com um médico, incluindo os sintomas do paciente, se esteve em áreas de risco ou ainda se o indivíduo em questão esteve próximo a pessoas com suspeita ou o diagnóstico confirmado.
Para informações atualizadas sobre o novo coronavírus, acompanhe o site do BCCDC. A Agência de Saúde Pública também disponibilizou uma linha de esclarecimentos para a população, no telefone 1-833-784-4397.