O Canadá não enviará nenhum representante oficial às Olimpíadas de Inverno de Pequim em fevereiro, como parte de um crescente boicote diplomático de países aliados à China, devido ao histórico de “abusos aos direitos humanos” do país asiático. Estados Unidos, Reino Unido e Austrália também não enviarão representantes políticos ao evento esportivo.
O boicote diplomático é uma forma de criticar o país sede, mas sem impedir a participação dos atletas — apenas representantes governamentais e autoridades oficiais não viajam aos jogos.
“Anunciamos hoje que não enviaremos nenhuma representação diplomática aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim neste inverno”, disse o primeiro-ministro Justin Trudeau, acrescentando que não acredita que a decisão do Canadá ou de aliados “seja uma surpresa” para a China.
“Nos últimos anos, temos sido muito claros sobre nossas profundas preocupações com relação às violações dos direitos humanos e esta é mais uma forma de demonstrar nossa preocupação por estas atitudes.”
As relações entre Canadá e China não passam por um bom momento desde que a China prendeu dois canadenses – Michael Spavor e Michael Kovrig – em um aparente ato de retribuição pela prisão em 2018, em Vancouver, da executiva da Huawei Meng Wanzhou, por acusações de fraude nos Estados Unidos.
Em setembro deste ano, os dois foram libertados pelo regime da China, pouco depois que a disputa legal envolvendo Wanzhou foi parcialmente resolvida pelos promotores dos EUA.
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